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Festivais de Órgão |
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II Festival Internacional de Órgão de Lisboa |
Entre 11 e 27 de Setembro de 1998, teve lugar o I Festival Internacional de Órgão de Lisboa. Esta iniciativa pretendeu fazer face a um certo vazio que se sentia nesta área da cultura lisboeta, e, simultaneamente, encetar uma relação de intercâmbio com outras regiões europeias possuidoras de órgãos históricos, beneficiando da sua experiência e dando a conhecer o riquíssimo património português. Este intercâmbio será alargado no futuro, no âmbito do Comité das Cidades Europeias com Órgãos Históricos – nascido de um protocolo assinado a 11 de Outubro de 1997, entre as cidades de Alkmaar (Holanda), Innsbrück (Áustria), Lisboa, Roskilde (Dinamarca), Saragoça (Espanha), Toulouse (França) e Treviso (Itália).
A primeira edição do Festival Internacional de Órgão de Lisboa foi organizada em estreita colaboração com Toulouse, cidade cuja edilidade está firmemente empenhada na salvaguarda e promoção do património organístico e onde, desde 1996, se realiza o Festival Toulouse les Orgues. A edição de 1998 do Festival Toulouse les Orgues foi dedicada à Música Ibérica, e incluiu na sua programação uma deslocação do seu público a Lisboa para proporcionar a audição dos últimos cinco concertos do I Festival Internacional de Órgão de Lisboa. Além disso, teve lugar em Toulouse, entre 1 e 9 de Outubro de 1998, o VII Concurso Internacional de Órgão «Xavier Darasse», também ele dedicado à Música Portuguesa e Espanhola.
Por seu turno, o I Festival Internacional de Órgão de Lisboa foi em parte dedicado à Música Francesa. Assim, actuaram na Sé Patriarcal de Lisboa, na Igreja de São Vicente de Fora e na Basílica dos Mártires figuras centrais do panorama organístico francês da actualidade (Michel Chapuis, Olivier Latry e Francis Chapelet), bem como os mais representativos nomes da cena organística portuguesa, actuando a solo ou em colaboração com alguns dos mais prestigiados agrupamentos nacionais.
O número e a reconhecida qualidade dos concertos que integraram o I Festival Internacional de Órgão de Lisboa fizeram daquela iniciativa a mais importante do género jamais realizada no nosso país. Além disso, a entusiástica adesão do público (mais de cinco mil pessoas ao longo dos doze concertos) e a grande repercussão na comunicação social mostram claramente que o Festival ocupou um lugar de destaque na vida cultural lisboeta.
Tudo isto nos motiva a continuar. Programámos assim, para 1999, a segunda edição do Festival, com uma programação mais variada, não só a nível de recitais a solo (J. S. Bach, Música Espanhola do Século XVIII, Música do Norte da Europa, etc.), contando uma vez mais com a presença de figuras de relevo internacional tais como Kristian Olesen, Reinhard Jaud ou José Luis González Uriol, mas também nos concertos onde o órgão se apresenta em conjunto com outros instrumentos. Nesta área, destacam-se os Concertos para Órgão de Haendel, com Rui Paiva e a Capela Real, e os Motetes de Goa, com os Segréis de Lisboa.
Propomos igualmente uma utilização mais ampla dos órgãos da Capital. Para além dos instrumentos utilizados em 1998 (Sé Patriarcal e Igreja de São Vicente de Fora), surgem este ano os órgãos da Basílica da Estrela (da autoria do construtor português setecentista Machado e Cerveira, recentemente restaurado), do Conservatório Nacional e da Igreja de São Luís dos Franceses, este último construído pelo célebre organeiro francês Aristide Cavaillé-Coll, de cuja morte se celebra este ano o centenário.
João Vaz • António Duarte
Directores Artísticos
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